domingo, 19 de fevereiro de 2012

Queridos! Primeira postagem feita no facebook que criei com o título: "Um Cristão Inconformado". Repartirei um texto por semana e sempre incluirei aqui para o nosso pessoal. Se quiserem ir direto a "fonte", anotem aí: http://www.facebook.com/pages/Um-Crist%C3%A3o-Inconformado/189967524437205
Beijo e até a celebração logo mais no Villaggio, não esqueçam...
Erlo

UM CRISTÃO INCONFORMADO
Noiva do Mar, 19/02/2012 - 03:20 - Domingo de Carnaval
CARNAVAL - Ponha no Google. Primeira opção: um clipe da Operação Skol, Asia de Águia, Leva eu. Segunda opção: Wikipéia, a Barsa pós-moderna ampliando a cultura geral da maior festa popular do mundo. Para quem ali esteve, terá lido: "carnis" e valle". Unindo estas duas palavras latinas: Carnaval, ou no popular, "vale a carne!" . Tanto vale que na passagem do pedágio em Osório, retornando para o encontro da família aqui na praia, após ser assaltado em R$ 8,00, recebi de brinde uma cartela contendo 6 camisinhas. Claro, um folheto acompanhava alertando para os cuidados nos dias de folia que se seguiriam. Importante conscientizar o povo, pois ele é muito relapso... Voltando ao "valor da carne", acompanhamos a evolução do Carnaval, que vai das festas de gratidão ao deuses gregos da fertilidade do V séc. a.C., avançando a incorporação "cristã", mil anos depois, introduzindo os primórdios da Quaresma - 40 dias (que na verdade são 47!) de jejum, penitência e caridade em preparação ao ápice cristão da Páscoa, onde cada um deveria, agora sim, negar a carne, já que por alguns dias tudo valia, resgatando a espiritualidade sufocada pelos prazeres dos dias pré-quaresma. Como festa popular "cristã", foi confirmada pela Igreja Católica Apostólica Romana a partir do séc XI, antecedendo o início da quaresma na 4a feira de cinzas. Os 3 dias anteriores, portanto eram considerados dias "gordos" (não dos gordos, mas tb.!), antecedendo os tempos de "vacas magras", ao menos em teoria, para a carne, tempos de quaresma enfim! Os desfiles e fantasias viriam mais tarde na era vitoriana, sendo Paris a precursora e exportadora da tradição. Rio de janeiro com sua Sapucaí transformou-a na maior festa popular do mundo, sendo Recife, com seu Galo da Madrugada, considerado o maior bloco do mundo.
Cultura Popular de lado, o que tudo isto tem haver com o "Cristão In-conformado" que titula este facebook? Tudo. Ninguém nasce cristão e precisamos fazer algum malabarismo teológico para incluir este apelido para infantes, com todo respeito a minha herança luterana, aos queridos amigos católicos e os outros das tradições reformadas. Jesus disse: "Quem crer e for batizado, será salvo. Quem não crer, será condenado". Simples assim. Fé é algo pessoal e intransferível. Condição para salvação. Ao mesmo tempo não ser batizado não condena. O que condena é a "não fé" no Salvador, é negligenciar tão grande salvação posta nEle. Deus não tem netos, só filhos! Portanto, na medida que se compreende a dimensão do ser-novo-ser em Cristo, ou na linguagem iniciada em Antioquia no primeiro séc., "cristão", desdobramentos inevitáveis se sucedem. Dentre tantos que iremos repartir nesta página nas próximas semanas (1 por semana!), quero destacar uma, que foi minha inspiração no início desta aventura, e que é repartida a exaustão por meu amigo cristão Carlos Teodoro de Joinvile: O cristão não se CON-FORMA com este mundo, mas busca na renovação de sua mente - em Cristo, compreender e experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus - carta de Paulo aos Romanos, 12.1 e 2. Não se CON-FORMA, não quer tomar a forma, amoldar-se aos padrões ai impostos pela sociedade antiga, geral e atual pós-moderna de consumo e prazer que diviniza o homem e tenta manipular o Divino para seus insaciáveis caprichos. A FORMA (não tem acento mas leia com o "o" tônico e não agudo!) do cristão é outra. Diria até que ela tem forma inicial de esquife! Isto mesmo, pois a proposta de Jesus aos que desejassem segui-lo (sim, Ele não obriga ninguém e aqui mais uma razão para não insistir com uma iniciação precoce sem consciência, por mera tradição religiosa de crianças!) era a mais radical de todas em todos os tempos. Ao invés do aperfeiçoamento moral, racional, sensitivo, existencial ou qualquer outra linha filosófica e/ou religiosa/espiritual de seu tempo ou desenvolvida posteriormente, muitas delas de uma complexidade enfadonha , Ele propunha algo "impossível": morte diária de cruz, negação de si e seguimento de Suas pegadas. Vamos ser honestos: fugimos disso como o Diabo da cruz! Aliás, pra ser sincero, fugimos tanto quanto ele! Queremos nos afirmar, confirmar, fugir da morte do eu e seguir nosso nariz, sentimento, pensamento, vontade. Somos os donos do mundo... Alguém um dia sugeriu isto e caímos todos no Conto da Serpente"! Você "como Deus" vai conhecer tudo, bem, mal e tudo mais. Basta comer, permitir-se aquele prazer proibido... Deus não quer ter rivais, disse a serpente, destilando veneno mortal. Resultado? Caímos no conto ontem, ainda hoje e, infelizmente, tantas outras vezes, mesmo já tendo ouvido a doce voz do Mestre! Portanto, quando Ele diz "carregar a cruz dia-a-dia, isso se traduz em morte dinâmica a cada dia, todo dia, o dia todo! E é exatamente isto que não queremos! A luta pelo controle é diária, segundo a segundo. Morte é todo instante. Mas aqui um alerta: NÃO PODEMOS PRODUZIR ESTA MORTE. O que quero dizer? Se o desejo do querer e realizar não partir do próprio Deus, nada feito! Ele precisa realizar um milagre (marca indelével de seu Ser!) no mais íntimo do ser humano. E, só alguém que tenha compreendido um pouco da altura, largura, comprimento e profundidade do amor de Deus expresso cabalmente na cruz do Calvário de Jerusalém no século I d.C para em atitude de rendição (compreensão esta fruto de fé, diga-se de passagem!), admitir: cansei, lutei, esperneei mas entrego os pontos! Me ajuda! Me socorre! Me salva de mim! Esse começa a compreender a graça (conceito que veremos em outro momento) de modo mais amplo e que é tão caro em todas as Escrituras.
Bem, para um texto que queria ser "sintético", o tanto acima, ri disso!! Mas, como ponta-pé inicial, acho que está de bom tamanho! Viver e falar disso é tão fascinante que por vezes não nos contemos e exageramos... Como Paulo que em certa ocasião falou tanto que um rapaz cochilou e despencou do segundo piso, tendo que ser ressuscitado por ele logo em seguida! Se cansarem antes de concluir, sugiro um cochilo e então o retorno. Sempre longe das sacadas e marquises!! hehehe!
Beijo a todos e antes de valer a carne nestes dias, valha o Espírito de Cristo no coração de cada um de vocês! No amor de Jesus e por Seu Reino... Erlo - 04:28.

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